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Lula se compromete a cobrar mais recursos para OMS e critica países ricos

Lula se compromete a cobrar mais recursos para OMS e critica países ricos

Lula se compromete a cobrar mais recursos para OMS e critica países ricos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu em cobrar dos países do G20, que reúne as maiores economias do mundo, mais recursos para investir na Organização Mundial de Saúde (OMS). O aumento de investimento dos países para o organismo internacional foi debatido pelos grupos de trabalho de Finanças e Saúde do fórum.

Se direcionando ao diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, Lula prometeu tirar a ideia do papel e disse ser um “soldado na luta para arrecadar dinheiro” para a organização. “Da minha parte, é uma proposta que eu vou levar adiante. Cada vez que eu me reunir com um presidente do G20, eu vou cobrar se ele está colocando dinheiro à disposição da Organização Mundial de Saúde”, disse Lula.

“Eu sou um soldado nessa luta para que a gente possa arrecadar o dinheiro suficiente para que a OMS cumpra com a sua função”, completou.

Lula participou, nesta terça-feira (19), do anúncio dos resultados da rodada de investimento para a OMS. Em maio, a organização lançou sua primeira rodada de investimentos para levantar US$ 11,1 bilhões, como parte de um plano mais amplo para transformar a forma de financiar a organização em uma era de mudanças climáticas.

Ao falar no evento, Lula direcionou críticas duras aos países mais ricos, dizendo que a fome e a desigualdade são temas “secundários” para eles. Um dos exemplos usados pelo presidente para fazer esse crítica foi a desproporcionalidade do orçamento para saúde e para defesa: “Enquanto a OMS recebe US$ 2 bilhões por ano para tentar ajudar programas de saúde no mundo inteiro, a gente tem só para a guerra um orçamento de US$ 2,4 trilhões.”

“Vocês imaginam que para destruir vidas e para destruir a infraestrutura que levou anos para ser construída por pessoas, os países ricos investem muito mais do que para salvar vidas”, completou Lula, chamando esse cenário de “contradição do mundo que vivemos hoje.”

O presidente afirmou que trazer o tema para discussão do G20 “é o caminho extremamente importante para a gente dar às pessoas que têm a responsabilidade de cuidar da saúde a segurança de que a gente vai poder investir naquilo que é básico para evitar doenças que não deveriam existir mais no país”.

Lula afirmou que já participou de muitos fóruns internacionais e disse que “as pessoas mais necessitadas” nunca entram na pauta desses encontros. “É muito difícil convencer as pessoas a discutir as necessidades básicas vitais de nosso povo”, disse.

Ele completou: “Possivelmente, porque essas pessoas que governam o mundo nunca viveram isso, isso não está nas prioridades. Isso não está no dia a dia deles. É uma coisa secundária. Na mesa deles, não senta ninguém para colocar esses problemas”.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da coletiva e ressaltou a importância dos repasses à OMS. “Quando falamos de rodada de investimentos, nos referimos à capacidade de dar sustentabilidade ao sistema multilateral de saúde, algo ligado a uma das prioridades do Brasil no G20 e que também está na declaração final”, disse a ministra.

Ela destacou a coalizão internacional para a produção local e regional de medicamentos e vacinas, aprovada no âmbito do G20: “Essa foi a expressão da saúde na nossa Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”.

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