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Sob pressão do Congresso para desbloquear emendas, Dino diz que STF não faz 'ativismo' nem se pauta 'pelo medo'

Sob pressão do Congresso para desbloquear emendas, Dino diz que STF não faz 'ativismo' nem se pauta 'pelo medo'

Sob pressão do Congresso para desbloquear emendas, Dino diz que STF não faz 'ativismo' nem se pauta 'pelo medo'

Com a pressão do Congresso para que desbloqueie ainda nesta sexta-feira (29) o pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino disse em suas redes sociais que a Corte não faz "ativismo", mas sim executa os papéis definidos pela Constituição Federal, e que não se pauta pelo medo.

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“É um mau pensamento desejar um STF marcado pela prevaricação, pela negligência ou pelo medo”, escreveu o ministro no Instagram. Segundo apurou o Valor, a mensagem que ele quis passar é de que "não aceita pressões".

A fala ocorre depois que congressistas disseram que esperam uma decisão do ministro antes de votarem as leis orçamentárias do próximo ano. Se não houver a liberação dos recursos, dizem, é improvável que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 seja aprovada ainda em dezembro. O pacote fiscal do governo também está condicionado a esse desbloqueio.

Na última quarta-feira (27), o senador Confúcio Moura (MDB-TO) leu o parecer preliminar ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, mas a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso optou por não votar o texto na sessão e adiar a análise por pelo menos uma semana enquanto aguarda a decisão do STF.

"Penso ser oportuno lembrar que o STF executa os papéis definidos pela CONSTITUIÇÃO FEDERAL, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte", escreveu o magistrado em uma rede social. "No Brasil, garantir a observância da Constituição, especialmente dos direitos fundamentais, não é "ativismo". É sobretudo TEXTUALISMO", afirmou Dino nas redes sociais.

O ministro publicou uma foto com os trechos da Constituição Federal que determinam quais são as prerrogativas do Supremo Tribunal Federal.

A execução das emendas parlamentares ao Orçamento está suspensa desde agosto por decisão de Dino em uma ação do Psol que questiona o mecanismo e principalmente o “orçamento secreto”, em que congressistas destinaram recursos para suas bases eleitorais sem aparecerem como autores da destinação dessas verbas.

O ministro determinou que o pagamento só voltaria a ocorrer após o Congresso estabelecer regras de transparência e rastreabilidade para as emendas. Uma lei foi aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terça-feira (26), e na quarta-feira à noite o Congresso peticionou ao Supremo informando sobre isso.

Com a petição, congressistas esperam que Dino destrave o pagamento das emendas. Entidades da sociedade civil, no entanto, dizem que o Congresso não respeitou a decisão e deixou brecha para continuar a manter sob sigilo os padrinhos das emendas coletivas, como de bancada estadual e de comissão, numa reprodução do orçamento secreto.

Entre os congressistas, a expectativa é de que Dino decida ainda nesta sexta, já que o ministro está de casamento marcado para o fim de semana e deve se ausentar nos próximos dias de Brasília.

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